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[Resenha] "Um Pressentimento Funesto"⚰️🕵🏽‍♂️

  • Foto do escritor: Bruna Beltrão
    Bruna Beltrão
  • 4 de mar. de 2021
  • 4 min de leitura

Superstição, pressentimento, instinto, intuição... Há diversos termos e significados que tentam explicar o sexto sentido humano, que é entendido como a capacidade ou o dom de "sentir algo"...

A partir da observação minuciosa das informações ao nosso redor, muitas vezes temos a sensação de que algo aconteceu ou está para acontecer. Acredita-se que isso seja uma espécie de pressentimento instigante que acomete as pessoas mais sensíveis e observadoras, principalmente porque elas geralmente estão atentas a tudo o que seus outros cinco sentidos captam.


Na Literatura, há personagens incríveis que também possuem esse sexto sentido. Em geral, são pessoas observadoras e curiosas que sempre estão utilizando as informações e acontecimentos ao seu redor para tentar desvendar emoções ou criar uma espécie de linha lógica.


No post de hoje, você conhecerá uma personagem exatamente assim, que deu cor a um grande mistério graças ao seu instinto detetive. 🔎



É então que vos apresento Um Pressentimento Funesto, mais uma obra de Agatha Christie, romancista policial conhecida mundialmente como a Rainha do Crime.


Como vocês bem sabem, eu não me canso de falar sobre a Agatha aqui no Blog, mas, diferentemente das outras obras em que um crime acontecia e era investigado, dessa vez, o crime ainda não aconteceu! O que acontece é que ele é pressentido.


Como encontrar o verdadeiro culpado de algo que talvez nem tenha acontecido?


Ou melhor, como evitar que um crime aconteça?



Tommy e Tuppence Beresford são um casal de meia-idade, que, em diálogos sobre o envelhecimento de parentes distantes, decidem visitar Tia Ada, uma tia idosa de Tommy que vivia há alguns anos no asilo de Sunny Ridge.


Chegando lá, tudo se passa conforme o esperado: Tommy e Tuppence encontram várias velhinhas que habitam harmoniosamente o asilo - exceto quando incidentes pontuais movimentam os ânimos de todos os moradores.


Esses incidentes chamam a atenção do casal, visto que geralmente são histórias contadas pelas velhinhas que trazem fatos que remontam envenamentos, suspeitas e pessoas que nunca existiram.


Considerando que grande parte dessas velhinhas perdem a memória e acabam se refugiando em suas próprias imaginações, pouca atenção é dada a tais fantasias. Exceto por uma.


Tuppence conhece uma das velhinhas asiladas, a Sra. Lancaster, que, ao fitar demoradamente a lareira do cômodo em que se encontram, sugere que uma criança havia sido morta ali. Diferentemente das demais velhinhas, a Sra. Lancaster não parece estar delirando, muito pelo contrário, parece estar convicta do que está dizendo.


Tuppence fica intrigada diante do comentário sobre a lareira, passa alguns dias se questionando se aquilo faria algum sentido, mas depois decide deixar o assunto e viver sua vida normalmente.


É quando a velha tia Ada falece que Tommy e Tuppence retornam ao asilo para recolher os pertences da finada. Enquanto guardam os objetos, Tuppence nota um quadro na parede, pintado à óleo e com o desenho de uma bela casa cor de rosa que lhe parecia ser muito familiar.


Intrigada, pergunta à diretora do asilo se ela saberia a origem do quadro e acaba descobrindo que ele fora um presente da Sra. Lancaster à Tia Ada e que a Sra. Lancaster havia abanonado repentinamente o asilo há algumas semanas.


Instigada com tal situação, Tuppence comenta com Tommy a curiosidade sobre o quadro, a história confusa da lareira e o sumiço da Sra. Lancaster, buscando relacionar os dois eventos entre si. Tommy logo considera os fatos pouco relevantes e recomenda que Tuppence não se incomode novamente com o assunto.


É quando Tommy tem de se ausentar de casa por alguns dias em virtude do trabalho que Tuppence se vê sozinha em meios aos seus pensamentos e passa a tentar lembrar onde e quando teria visto aquela casa cor de rosa.


Quando finalmente consegue se recordar, decide partir de carro em busca de mais informações a respeito daquela casa intrigante e do porquê de a misteriosa Sra. Lancaster ter uma pintura dela.


Tuppence sente a todo instante que existe algo de errado naquela situação, e é justamente o seu instinto curioso que a move em busca de mais informações. O que a assola, na verdade, é uma forte sensação de que algo muito ruim havia acontecido ou estaria prestes a acontecer, e esse algo seria nada menos do que um assassinato...


Dessa maneira, o enredo reside justamente em ir em busca de mais informações que confirmem esse pressentimento. É interessante que a história não parte de um crime confirmado, mas do senso aguçado de sua possibilidade de ocorrência.


Um Pressentimento Funesto foi uma leitura que prendeu minha atenção por muito tempo e me deixou curiosa para saber que fim levaria a investigação de Tuppence e se seus pressentimentos realmente teriam vez no mundo dos crimes.


Trata-se de uma obra que recomendo a todos aqueles que curtem suspense e mistério e adoram quando uma detetive amadora decide usar sua intuição para perseguir a verdadeira solução de um crime...

Se você é novo no Blog, registre-se para ficar sabendo quando forem publicados os próximos posts.


Se tiver alguma sugestão, fique à vontade para enviar um e-mail para brunabeltraoob@gmail.com.


Tenha boas leituras!


Bruna Pastana Beltrão.

Imagens


 
 
 

2 comentários


Jeovana Reis
Jeovana Reis
04 de mar. de 2021

Amei, Bru! Já deu vontade de ler ❤️

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Beatriz Moreira
Beatriz Moreira
04 de mar. de 2021

Genial, Bruna! Belíssima escrita, como sempre.

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