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#9 "E NÃO SOBROU NENHUM" | Livros que todo mundo deveria ler ⭐⭐⭐⭐⭐

  • Foto do escritor: Bruna Beltrão
    Bruna Beltrão
  • 29 de out. de 2020
  • 4 min de leitura

E não sobrou nenhum foi considerado pela autora como o livro mais difícil que ela teve de escrever. Será que compreendê-lo também é tão complicado assim?

E não sobrou nenhum, publicado em 1939, é um dos livros mais vendidos de todos os tempos, com mais de 100 milhões de exemplares vendidos mundo afora. Além disso, foi adaptado diversas vezes para o cinema e considerado o maior romance policial de todos os tempos - fatores que contribuíram para a sua crescente popularização até os dias de hoje.

Minissérie "E não sobrou nenhum" (BBC - 2015)

Agatha Christie é uma das romancistas de maior vendagem da história, estando apenas atrás da Bíblia e de Shakespeare. Seus mais de 60 livros e 150 contos encantam milhões de leitores ao redor do mundo há aproximadamente um século.


Com linguagem acessível e enredos envolventes, o legado literário de Agatha atravessa gerações e conquista pessoas de todas as idades. A genialidade da Rainha do Crime é admirável e, certamente, você ficará encantado ao conhecer suas obras.

Agatha Christie

Neste post, trago para você a 9ª recomendação do quadro Livros que todo mundo deveria ler, no qual, semanalmente, indico aos leitores do blog obras imperdíveis que todos devem conhecer.


Os posts são publicados todas as quintas-feiras, mas, caso deseje ser notificado quando uma nova recomendação for postada, basta registrar-se no Profusão Literária assim que terminar de ler este post.


Sem mais delongas, vamos conhecer mais sobre E não sobrou nenhum...

10 pessoas, sem nenhuma conexão aparente entre si, são convidadas por um anfitrião misterioso para passar uns dias na famosa Ilha do Soldado.


Cada um dos convidados recebe uma carta do tal anfitrião, que se refere a cada um deles de maneira diferente e os convida por motivos diversos. Surpreendentemente - ou graças ao poder persuasivo do remetente - todos aceitam os convites.


Chegando lá, os dois empregados (que por um acaso também são convidados, mas logo mais explicarei melhor esse ponto) orientam os outros 8 hóspedes a se acomodarem em seus respectivos quartos e aguardarem a chegada do misterioso anfitrião. Restam na casa 10 pessoas.


Nos quartos de cada um, há um poema fixado na parede intitulado “E não sobrou nenhum”, que conta a história de dez soldados que foram morrendo um de cada vez até que não sobrasse nenhum deles. Para tornar a situação mais macabra ainda, na sala de jantar da casa há um tabuleiro com dez bonecos de porcelana. Lembrando: há dez pessoas na casa.



Talvez você esteja se perguntando: Se os convidados por ventura se sentissem desconfortáveis em tal situação, não poderiam escolher retornar para as suas vidas normalmente?


Antes de mais nada, a resposta é: não. O misterioso anfitrião (que até então na obra não sabemos quem é) cuidou para que cada detalhe não passasse despercebido. A Ilha do Soldado é uma ilha muito isolada e distante da cidade, de modo que só é possível chegar até lá por barco, e tendo comunicado o barqueiro antecipadamente.


Em pouco tempo, os convidados descobrem que não havia meios de comunicação na ilha e que o barqueiro não viria mais, pois havia sido dispensado pelo anfitrião. A essa altura da história, não há sinal algum do homem misterioso.


Os convidados concluem, portanto, que ele não virá.


Quando chegam ao consenso de que somente os dez estariam presos naquela ilha isolada, sem sequer poder recorrer a alguma ajuda externa, a primeira morte ocorre. E pior: tal qual descreve a morte do primeiro soldado do poema.


Apavorados, os hóspedes vasculham todos os cantos da ilha para checar se não haveria alguém escondido e, assustadoramente, chegam à conclusão de que não havia pessoa alguma além de eles próprios.


Apenas um deles poderia ter cometido aquele crime.


Nesse cenário, os convidados passam a viver sobressaltados e desconfiados um dos outros, com medo de que sejam os próximos a ter um fim trágico...


Como em todos os livros da Agatha que li até então, os personagens são apresentados com características e interesses próprios, o que faz com que todos se tornem suspeitos.



Ao longo da trama, a querida Rainha do Crime fornece as principais peças do quebra-cabeça desse mistério, a todo instante instigando o leitor a embarcar nessa experiência eletrizante.


Particularmente, passei o livro inteiro tentando adivinhar o que estaria acontecendo por trás de todos esses eventos misteriosos. Quem seria o tal anfitrião misterioso? Será que um dia ele apareceria na Ilha? Será que mais pessoas iriam morrer? Se houvesse mais alguma morte, também seria extatamente como as mortes descritas no poema?


Caros leitores, como as senhores e os senhores bem sabem, costumo ser bem sincera em minhas críticas, de modo que vos afirmo com muita certeza: Este livro é simplesmente incrível (eu gostaria de atribuir-lhe mais adjetivos, mas a perfeição da obra é tamanha que seu caráter se torna indescritível).


Entretanto, para que as senhoras e os senhores compreendam melhor o que estou querendo dizer, é necessária uma degustação dessa leitura. Mas, de antemão, vos garanto: trata-se, de fato, de uma grande obra-prima da Literatura ; )



SAIBA MAIS SOBRE AGATHA CHRISTIE!

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Até breve!

Bruna Pastana Beltrão


 
 
 

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